O dia prometia boa estrada e paisagem a condizer. O trajecto não era novo, já por aqui andámos há cerca de 3 anos quando as Tigras ainda eram bebés (se bem me lembro, essa foi mesmo a volta de estreia da Tiger do Rui).
Eu andava ressacado de meter o Tigre na rua, desde o ano passado que não saia à rua.
Bem cedinho arrancámos da estação de serviço do fogueteiro para deixar a A2 perto de Montemor. Daqui em diante só estrada boa.
Logo à saída de Montemor enfiamo-nos pela N2, que para quem não conhece atravessa Portugal de Norte a Sul. Neste caso só iriamos fazer cerca de meio trajecto, mas bem bom diga-se de passagem.
Adoro fazer este bocado, tem um bocado de tudo. Paisagens bucólicas das mais bonitas (em especial nesta altura colorida pela estação), rectas longas que se estendem no horizonte que vão alternam com curvas bem jeitosas. Finalmente, mais adiante na serra do Caldeirão uma boa pista sinuosa que sendo um pouco mais exigente no jogo de cintura dá um gozo tremendo. De prémio passa-se ao largo de umas quantas vilas e aldeias típicas alentejanas das melhores preservadas, a saber – Odivelas, Ferreira do Alentejo, Ervidel, Castro Verde, Aljustrel, Almodôvar…
Foi precisamente em Ferreira que parámos para aconchegar o estômago.
E foi só a partir daí que o tempo aqueceu. Até aqui tínhamos estado a rapar o bom briol da madrugada Alentejana.
Raios parta que já me tinha esquecido o quão é agradável rolar por este troço… Para mim que gosto de ir apreciando o cenário, este bocado é divinal. Se não conhecessem é obrigatório fazerem este pedaço de cerca de 100km de Ferreira até ao Barranco do Velho.
A meio do caminho tivemos de parar para uma pausa técnica… E mais uma foto do Barradas a mudar a água às azeitonas.
Finalmente entrámos na Serra do Caldeirão onde a estrada começa a ficar bem retorcida furando pelo meio do arvoredo. Fomos descontraídos em ritmo suficiente calmo para apreciar o traçado e cenário.
Paragem breve no miradouro para contemplar a Serra.
E seguimos viagem em direcção ao Barranco Velho. Curiosamente estávamos adiantados no horário, o que comprometia o almoço num famoso tasco em Cortelha onde há 3 anos tínhamos sido maravilhosamente servidos.
Optámos por seguir o trajecto e almoçar num boteco qualquer de caminho quando nos desse a fome.